2011-04-01

Perdida em meus pensamentos, olho pra fora da janela do ônibus. Quando algo chama minha atenção, nesse final de tarde chuvoso.
Um prédio velho me olha, eu o olho de volta. Não era um prédio bonito, nem grande, muito menos limpo. Mas nos encaramos por muito tempo.
Percebi que só havia uma janela aberta. Havia alguém ali apoiado. Por causa dos contrastes de luz e sombra, não pude saber se era homem ou mulher.
Mas de qualquer forma, meus olhos não desviavam dessa figura.
Um ser relxado, com os braços cruzados, mas com a cabeça encarando o céu negro e chuvoso. 
Só não conseguia decifrar o que esta chama estava fazendo na minha pintura preto e branco.

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