2010-11-28

Madrugada pós.

Acordei sozinha no meio da noite. Quatro da manhã, eu não acredito nisso.
Olhei pro lado, ele estava num sono profundo, não tive coragem de acordá-lo.
Essa noite eu exigi bastante dele, estava exaurido.
Fiquei, então, simplismente olhando para seu rosto e tronco que estava meio descoberto.
Perdi-me diante das curvas leves dos músculos, bateu-me um desejo inegável de desenhá-lo ali e agora.
corri para meu atelié, pegue somente um lápis 8b e um caderno de capa dura, nem pensei em me vestir.
Foi daquele jeito mesmo, rabiscos misturados com pós ápice da noite. Quanto mais perto de terminar o desenho,
mais intenso ficava minha respiração, que agora voltara a ficar forte e rápida.
O prazer que estava na ponta do meus dedos e me atropelava, tinham antes tocado outro ser humano,
e estavam agora tocando um ser inorganico, mas ali transparecia a alma. Oh como isso me arrepiava.
Porém, foi só agora que fiquei com vergonha.
Eu finalmente estava nua diante de meu amado.

No comments:

Post a Comment